QUINTA DE PORTO FRANCO - Um terroir histórico

Uma longa alameda de plátanos conduz à entrada principal da Quinta de Porto Franco, um edifício baixo e comprido com a traça típica das tradicionais casas agrícolas de Alenquer.

A propriedade entra para a família de José Neiva através do seu bisavô que a compra ao visconde de Chanceleiros, par do Reino, governador civil de Lisboa e ministro das Obras Públicas do rei Dom Luís. Figura histórica da viticultura portuguesa, Sebastião José de Carvalho, o 1.º visconde de Chanceleiros, ficou conhecido pelas inovadoras técnicas agrícolas que utilizava, pois teve a ousadia de replantar com bacelos americanos as vinhas dizimadas pela filoxera.

Passados dois séculos, Porto Franco transformou-se no assento de lavoura de um núcleo de propriedades compradas e herdadas pelo seu pai.

Actualmente, a adega e vinhas estão sob o controlo da DFJ Vinhos, S.A.. 

É o berço e onde cresceu José Neiva Correia a 60 km norte do centro de Lisboa, 20 km do Oceano Atlântico, com 80 ha de vinhas em modo certificado de produção integrada respeitando o ambiente, os solos e as águas residuais.

Em redor dos terreiros e dos pátios que circundam a casa, manchas de diferentes cores pincelam a paisagem: Alfrocheiro de um lado, Moscatel do outro, uma vinha nova de Alicante Bouschet mais à frente e, à esquerda, Syrah, uma vinha que deu 14 toneladas por hectare logo no segundo ano de plantio.

Aliás, uma das preocupações constantes de José Neiva Correia é conseguir incrementar a taxa de produção das suas vinhas, mas sem diminuir a qualidade das uvas. Tem estudado e trabalhado para acelerar o ciclo produtivo das plantas, de forma a conseguir uma exploração competitiva que assegure a melhor qualidade ao mais baixo custo.

Muitas das suas vinhas novas estão em plena produção ao fim de 14 meses quando o tempo médio seria de três a cinco anos, sem pôr em causa a qualidade dos vinhos.

Um pouco mais à frente, do outro lado da casa, a velha adega que ainda hoje ostenta as armas da família Lobo Garcez Palha (século XVIII), tem vindo a ser restaurada e adaptada aos tempos modernos: os depósitos são revestidos a fibra de vidro e epoxi, os postigos e as bocas foram substituídos por inox e os filtros de vácuo para os brancos e rosés asseguram mostos isentos de substâncias sólidas em suspensão. Apenas meia hora separa a apanha da uva, toda feita à máquina, e a respectiva entrada na adega para dar início ao desengace, esmagamento e subsequente processo de vinificação.

Só as pequenas parcelas destinadas a topos de gama - FRANCOS e CONSENSUS são colhidas à mão, sendo cada cacho cuidadosamente seleccionado.

Tem capacidade de vinificação e armazenagem para 3 milhões de litros.

A fermentação de vinhos brancos em barrica também é feita em Porto Franco.

DFJ 14 Maio 2019 Drone (68) Single estate Quinta Porto Franco - Vinha do Casal de Sapo
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