João Paulo Martins - Vinhos de Portugal 2016

Vinhos até 4 euros:

Alta Corte
2011 tinto CALADOC/TINTA RORIZ
15.5
Prova de 2014. O vinho vende-se sobretudo na Noruega onde as vendas têm tido um crescimento enorme. O aroma mostra de novo uma boa presença floral e leve mentor, o aroma é freco, muito elegante e mostra uma juventude invejável. Macio e fácil na boca, sente-se que temos de novo vinho para múltiplas soluções gastronómicas.

Casa do lago
2012 tinto Cabernet Sauvignon/Touriga Nacional
15.5
Prova de 2014. A ligação funciona porque é difícil distinguir aqui as duas castas presentes mas sem que o resultado final fique prejudicado, daí o interesse. Resulta muito bem, fresco, muito maduro, correcto. Muito boa proporção na boca, taninos sedosos e acidez no ponto, tudo a contribuir para uma prova muito agradável.

Coreto
2014 tinto
14
Aroma ligeiro onde a fruta madura marca presença, todo ele discreto mas focado e sem arestas, com aquele aroma que é facilmente do agrado de todos. Fácil e redondo na oca, muito macio e fácil de beber porque a graduação baixa (11,5%) também a isso ajuda.

Paxis
2014 branco Arinto
15.5
Destina-se ao mercado externo e por isso, internamente só está disponível na própria empresa. Muito fresco e aromático, com as notas verdes e citrinas a marcarem presença, o vinho tem um lado estival muito evidente. Bom volume de boca, acidez aqui bem intregada a amparar o conjunto, a fruta está aqui em evidência e resulta bem no conjunto.

Pedras do Monte
2012 tinto Cabernet Sauvignon e Tinta Roriz
16
Provado em 2015. Muito boa ligação das notas verdes e frescas do Cabernet, que aqui se sentem bem e dão frescura ao vinho, ao lado de um tom mais sério da Roriz, resultando muito atractivo. Muito bem também na boca, elegante, directo e sem segredos, com imensa aptidão gastronómica. Uma grande aposta, aqui muito patrocinada pelo Cabernet.

Portada Winemakers Selection
2014 branco
15.5
Está agora mais distribuído no mercado interno, principalmente na restauração. Muito fino de aromas, muitas notas de vegetal verde e fruta citrina. Muito redondo na boca, a acidez está cá mas bem integrada, tudo aponta para agradável consumo em novo.

Portada Winemakers Selection
2014 rosé
15
Vende-se no mercado interno mas sobretudo na Madeira e Açores. A produção ronda as 300.000 garrafas. Cor salmonada muito ligeira, aroma simples com leves notas de morango e groselha, discreto mas fino. Muito equilibrado na boca, leve doçura residual facilita a prova. Acidez viva e refrescante. Um bom vinho para a esplanada ou para pratos de massas e salada, á mesa.

Portada Winemakers Selection
2013 tinto
15
Prova de 2015. Encontra-se sobretudo na restauração. Vinho de lote de várias castas. O mercado inglês absorve quase dois milhões de garrafas. Bom equilíbrio aromático, a fruta é fresca e está muito atractiva, muito capaz para a comida e mostra muita polivalência á mesa. Redondo e polido, sem taninos difíceis, tem uma prova de boca envolvente, leve presença de açúcar e a mostrar uma boa aptidão gastronómica. Como vinho para beber no ano está muito bem.

Storks Landing Pinot Noir/Shiraz
2013 tinto
15.5
Provado em 2015. Espécie de homenagem ás cegonhas que ocupam os telhados da empresa. Feito, em partes iguais, de Pinot Noir e Syrah. Muito bem na cor, ligeiro mas muito atrativo, com fruta madura mas num perfil elegante. O conjunto mostra-se muito fácil e elegante na boca, é daqueles tintos que são gulosos e que apetece beber. Com uma passagem no frigorifico, claro.


Península de Setúbal:

Pedras do Monte
2013 tinto Castelão
15.5
Muito bem na cor e aroma, aqui é a fruta madura mas não cansativa que comanda a prova, está muito atractivo. Polido, macio na boca, muito envolvente e com imensa aptidão gastronómica, é um tinto absolutamente consensual, deste todos gostam.

Alentejano:

Monte Alentejano
2014 branco
Cheiro intenso a fruta amarela madura, especiado, leves notas de flores secas. Fresco na boca, de novo muito ligeiro no corpo, está um branco com boa aptidão gastronómica, sempre pensado para ser consumido no ano. Será sempre uma boa aposta.

Monte Alentejano
2010 tinto
14.5
Provado em 2014. Ligeiro na concentração, boa precepção de fruta, leve e com boa aparência. Na boca está ligeiro mas dá boa prova, é o tipo de vinho do quotidiano que será sempre muito polivalente á mesa.

Monte Alentejano
2013 tinto Reserva
15.5
Prova de 2015. Notas de fruta madura no aroma, está fresco e bem atractivo com boa concentração. Muito fácil na boca, macio, com taninos discretos, é um tinto que pode aguentar em cave, mas , em boa verdade, é agora que ele deve ser bebido.

Douro:

Escada
2007 tinto
Provado de novo em 2015, mantém-se no mercado. Conserva-se em boa forma e por isso mantemos a apreciação: concentrado na cor, aroma com um toque vegetal, com notas químicas e sugestões de erva seca mas também com os primeiros licorados a surgirem. Apesar da concentração, mantêm uma boa elegância na prova de boca, com taninos escondidos, é um tinto que não deverá ser guardado mais tempo em cave. Está a dar muito boa prova agora, é uma bela surpresa.

Patamar
2011 tinto Reserva
16
Provado em 2014. Muito bem na cor e aroma denso, com fruta madura e um estilo vigoroso mas sem magoar. O lado vegetal marca bastante a prova de boca, sendo que isso é também um traço duriense. O conjunto está em bom patamar de equilíbrio entre as partes.

Vega
2013 tinto
15.5
Provado em 2015. Muito bem na cor, no aroma de fruta madura e no conjunto mostra-se muito bem. Bom ambiente floral, vegetal seco, fruta madura, tudo muito bem arranjado. Macio e leve doçura na boca, é tinto acessível que precisa ser bebido mais fresco.

LISBOA:

DFJ
2014 branco Alvarinho/Chardonnay
16
Bom aroma, o foco vai para as notas cítrinas aqui em associação com leves notas de flor branca, mais evidente o Chardonnay que o Arinto. Bom volume de boca, fino e de acidez muito viva, aqui vingam sobretudo as notas citrinas, temos um branco requintado, com um preço altamente conveniente, face á qualidade. Para peixes em cozedura suave.

Casa do Lago
2011 tinto Grande Reserva Cabernet Sauvignon
16
Provado em 2014. Muito boa presença aromática, com as notas apimentadas da casta acrescidas das notas de fruto pretos muito maduros, tudo vivo mas com peso e ainda muito escuro, a dizer-nos que precisa de tempo. Boa prova de broca, fresco e de taninos cooperantes, é um belo exemplar da casta, maduro e cheio. Muito interessante.

Consensus
2012 branco
16
Provado em 2014. Com o tempo que leva de vida desenvolveu uma fruta muito madura – marmelo, alperce – ao lado de notas resinosas e boas sugestões de tosta de barrica que não lhe ficam nada mal. O vinho tem volume de boca, a acidez é excelente, é be menos encorpado do que o aroma sugeria e, claramente, estará agora no ponto certo para ser consumido. Com peixes gordos, com queijos, com saladas que incorporem maionese.

Consensus
2008 tinto Pinot Noir/ Touriga Nacional
16.5
Provado novamente em 2015. O estágio foi de 18 meses em barrica e um ano em garrafa. Continua a ser um tinto com muita delicadeza e as castas mostram-se muito bem e em perfeito diálogo, agora já com alguns aromas mais licorados- Floral, elegante e original, é um tinto muito interessante e capaz de proporcionar bons momentos. Esta é uma ligação de castas a explorar juntas. O conjunto mantém uma boa aptidão gastronómica.
Boas colheitas anteriores: 2006.

Escada
2014 Touriga Nacional
16
Venda quase exclusiva para a Noruega (onde é o vinho tinto mais vendido) e na loja do produtor. Muito bem na cor e aroma, aqui com alguns florais muito bem inseridos. Muito polido na boca, macio e com uma acidez que está aqui a dar uma boa frescura ao vinho. Resulta bem e não há que admirar o sucesso, o vinho tem tudo para agradar e ser polivalente á mesa.

Francos
2011 tinto Reserva
17
Provado de novo em 2015. Feito com Touriga Nacional, Touriga Franca e Alicante Bouschet. O vinho tem uma boa concentração, um aroma que se mostra de novo polído e com fruta madura de grande qualidade. Na boca dá muito boa prova, está afinado, a fruta é viva e bem elegante, todo muito bem composto. É um vinho muito acarinhado pelo produtor, o único cujas uvas são apanhadas á mão. Cerca de 22 000 garrafas produzidas.

Grand’Arte
2014 branco Alvarinho
Os aromas da casta estão muito bem presentes num registo fino de fruta fresca e leve nota tropical, sempre aqui num registo que é muito agradável. Grande proporção na prova de boca, untuoso e fresco, macio, envolvente e com carácter. O vinho é leve, é elegante e dá uma boa prova. Um bom exemplar da casta, plantada fora da zona de origem.

Grand’Arte
2014 branco Chardonnay
16
Discreto aroma á casta mas com foco na fruta verde, aqui a combinar um lado vegetal com aromas de maçã verde. Muito redondo e macio, acidez a permitir prova fresca e gulosa, plena de fruta madura mas elegante. É um bom exemplar da casta numa versão muito consensual porque todos vão gostar. Não se espere encontrar aqui um branco para comparar com esta ou aquela região. Este é de Lisboa e está muito bem feito.

Grand’Arte
2012 tinto Shiraz
16
Provado em 2014. A cor é boa e o vinho está a mostrar um aroma franco, com fruta madura, leve nota balsâmica. A prova de boca está a mostrar um belo tinto, os taninos são finos e a prova resulta com muito nível, com frutos vermelhos muito bem inseridos. No total, já representa mais de 60 000 garrafas, com cerca de 35 000 garrafas vendidas para uma cadeia de restaurantes em Inglaterra.
Boas colheitas anteriores: 2001, 09, 08

Grand’Arte
2012 tinto Touriga Nacional
16.5
Provado em 2015. O vinho mostra-se elegante no aroma, fino na fruta e nas notas florais mas tudo num registo bem agradável e muito ajuizado. Elegante na boca com taninos muito finos, com uma fruta muito atractiva que torna a prova um prazer.

Grand’Arte
2011 tinto Touriga Nacional/Shiraz Special Selection
16.5
Provado de novo em 2015. Castas em partes iguais, 12 meses em barricas recuperadas. Foram feitas cerca de 10 000 garrafas. Aroma muito vigoroso, com um estilo de fruta madura, leve floral ainda numa base muito escondida. O vinho evolui bem e estará agora no seu melhor ponto. Muito bem na boca, envolvente, rico na fruta, taninos finos mais ainda bem presentes, tudo recomendado para a mesa, com pratos de carne.