Uma região de grandes vinhos onde a DFJ tem o Pomar
REGIÃO DEMARCADA DOS VINHOS DO DÃO
Dão é terra de vinhos, de história e de contrastes. A região é um autêntico museu da vinha e do vinho a céu aberto, pois nela ainda se podem encontrar a cada passo vestígios do passado.
As lagaretas, escavadas na dura rocha granítica, e alguns vestígios da presença romana, testemunham a tradição milenar da produção de vinho na região. A forte implantação de ordens religiosas permite atribuir aos monges agricultores da idade média a origem do saber popular do cultivo da vinha e fabrico do vinho.
As referências à vinha e ao vinho nos forais de quase todos os concelhos e nas posturas municipais atestam a sua grande importância social, económica e religiosa ao longo da história. É esta a primeira região demarcada de vinhos de pasto a ser regulamentada em Portugal no ano de 1910, embora tenha sido criada em 1908.
O acidentado do terreno, circundado por um conjunto de grandes serras que o protegem das influências exteriores (a poente encontra-se a serra do Caramulo, a sul a luxuriante Buçaco, a norte a serra da Nave e leste a imponente Estrela), que constituem uma importante barreira às massas húmidas do litoral ou aos agrestes ventos continentais, o minifúndio e a exuberante vegetação com verde de todas as tonalidades que vai alternando com rocha, contribuem para o quase anonimato da vinha na paisagem. E, no entanto, as videiras estão lá plantadas em cerca de 20 000 hectares, onde as gentes do Dão aproveitam as excelentes condições edafo - climáticas para explorar a sua ancestral aptidão agrícola.
A rede hidrográfica da região caracteriza-se por um traçado rígido indicando um ajustamento claro à estrutura do relevo por onde correm os dois principais rios da região - o Dão e o Mondego - cujos cursos apresentam um grande paralelismo enquanto percorrem todo o maciço granítico. O rio Alva é o terceiro importante curso de água da região.
As vinhas estão instaladas em terrenos de baixa fertilidade, predominantemente graníticos com diversos afloramentos xistosos que surgem a sul e a poente da Região. Ainda que se encontre implantada em altitudes que rodam os 800 metros, é entre os 400 - 500 que vegeta em maior quantidade.
O clima, não obstante ser temperado, é frio e chuvoso no Inverno e muito quente e seco no Verão, havendo contudo variações microclimáticas de grande importância para a qualidade dos vinhos. Encontram-se, assim, reunidas as condições únicas para a produção de vinhos com características próprias e bem definidas.
A área geográfica correspondente à Denominação de Origem Controlada Dão é geograficamente homogénea, mas administrativamente muito heterogénea, englobando os concelhos Arganil, Oliveira do Hospital, Tábua, Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Seia, Carregal do Sal, Mangualde, Mortágua, Nelas, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, Sátão, Tondela e Viseu.
Deixe-se perder nos caminhos e paisagens do Dão e faça as merecidas paragens para contemplar o que esta terra lhe levou ao copo.
in: CVR DÃO: http://www.cvrdao.pt/