Alvarinho

José Neiva Correia foi e continua a ser sem dúvida o primeiro a lutar pela produção desta casta fóra dos Vinhos Verdes e da Galiza. Porém há razões para tal.

ALVARINHO E JOSÉ NEIVA CORREIA

A DFJ através do José Neiva Correia trabalha com a totalidade da produção dos cerca de 200ha de vinha da RAC - Rui Abreu Correia (Herds.), situados na região de vinhos de Lisboa, na região de Alenquer e Torres Vedras. José Neiva Correia é um dos seis irmãos que faz parte da RAC.

No encepamento total da RAC encontram-se 12,5 ha de Alvarinho, na região de Alenquer onde outrora se encontravam mais vinhas desta casta.

Com o tempo as vinhas de Alvarinho foram reconvertidas para outras castas mais produtivas, nomeadamente o Vital e o Fernão Pires (15 a 20T / ha de produção média). O resultado prático foi o desaparecimento nas últimas décadas do Alvarinho na região.

A produtividade média do Alvarinho na RAC é de 6T/ha, mas após a vinificação, feita na Quinta de Porto Franco, o rendimento ainda é mais baixo (cerca de 3000L/ha).

A RAC tomou a decisão de reconverter as suas vinhas para vinhos de qualidade. Por isso também replantou Alvarinho, pelo conhecimento da boa qualidade conseguida na região no passado. O objectivo foi o de atingir vinhos excelentes para aumentar o prestígio da RAC e da DFJ.

Nesta região esta casta tem uma grande consistência de qualidade por encontrar condições climáticas excelentes, não ser muito sensível a doenças, e ter uma maturação muito precoce, reduzindo por isso os riscos das chuvas durante a época da vindima, principalmente durante e após o equinócio (21 de Setembro), atingindo sempre a maturação indicada com uma relação álcool / acidez fixa excelente.

Em regra apresenta aromas de pêssego e alperce, e na prova denota uma excelente acidez, concentração e persistência.

O Alvarinho depois de engarrafado é considerado por muitos especialistas como dos vinhos brancos de maior longevidade. Os Grand’Arte Alvarinho da DFJ são procurados por dois tipos de consumidores, os apreciadores de vinhos novos e frutados e os apreciadores de vinhos brancos estagiados com aromas complexos.

As experiências feitas na DFJ confirmam claramente que o lote mais interessante do Alvarinho é feito com Chardonnay (50% de cada). Tal foi comprovado no International Wine Challenge, em Londres, em 2002, onde o Grand’Arte Alvarinho & Chardonnay ganhou a 1ª medalha de ouro para um vinho branco português.

O Grand’Arte Alvarinho só é produzido nos anos em que existe qualidade.